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As principais lâmpadas utilizadas em lojas

  • Writer: Daila Lopes
    Daila Lopes
  • Jun 24, 2021
  • 6 min read

(e como usá-las!)

Imagem de nugroho dwi hartawan por Pixabay


Acredito que seja ponto comum e indiscutível que a iluminação de uma loja é um dos principais pontos de preocupação de todo retail designer. E não é para menos, afinal, ela tem o poder de transformar – para o bem ou para o mal - todo o projeto.


A luz tem o poder de valorizar ou empobrecer todo o projeto

Já falamos sobre isso aqui no artigo “A importância da luz para o ponto de venda”, mas é sempre bom frisar que aquilo que não é visto, não é vendido! Portanto de nada adianta um trabalho maravilhoso de arquitetura, visual merchandising e comunicação visual se a luz não coopera com o conjunto.


Para isso é essencial conhecer os tipos de lâmpadas mais adequadas ao uso no varejo e é sobre isso que vamos falar neste artigo. Você vai ver:


- Porque é importante conhecer as lâmpadas mesmo que você terceirize o projeto luminotécnico;

- O que é conceito luminotécnico;

- As 5 lâmpadas mais especificadas;

- Como e por que usar cada uma.


O(a) dono(a) da luz

Imagem de Jackson David por Pixabay modificada por Daila Lopes


Você já se viu numa situação onde teve que convencer o cliente a seguir o projeto, mas sem ter argumentos para tal?


Eu sei como é este sentimento. Você terceiriza parte do projeto e depois na hora de explicar e defender você fica vendido na menor dúvida do cliente... Terrível...


Isso é muito comum acontecer com o projeto luminotécnico. Grandes projetos acabam sendo feitos por escritórios especializados em light design e os pequenos e médios pelos fabricantes e vendedores de lâmpadas e luminárias.


Nada contra, pelo contrário; isso pode ajudar a economizar tempo e garantir a eficiência. Mas, pelamordedeus, o conceito tem que ser seu! Ou pelo menos você deve entender e concordar com ele.


Só assim você vai ter certeza de que o efeito final ficará conforme você imaginou, vai conseguir explicar e defender o conceito luminotécnico para o cliente, construtora, revendedor, etc. e ainda vai agregar valor ao seu trabalho. Porque o cliente percebe quando a gente sabe do que está falando.


E mais ainda quando não sabe...


Conceito luminotécnico: o que é e como elaborar um

Pense desta maneira: surpresas são ótimas (quando tratamos de presentes, né?), mas em projeto e obra NÃO!!! Para isso a gente projeta, planeja, pensa com antecedência; para evitar surpresas. Em especial as desagradáveis.


Agora imagina que você projetou um equipamento incrível e quer destacá-lo, mas o projetista luminotécnico não sabe e deixa aquele ponto com a mesma iluminação do resto da loja. Você acabou de perder o diferencial do seu projeto e com ele toda a identidade do mesmo.


Triste?!? Sim, e muito.

Inevitável? De jeito nenhum!




O conceito luminotécnico não é algo que precisa ser entregue ao cliente, mas sim explicado. A todos os envolvidos. É quando definimos qual a “cara” da luz na loja: queremos uma luz homogênea por todo o ambiente? Ou queremos dar destaque a alguns pontos? Queremos explorar o contraste de luz e sombras?


As possibilidades são muitas e é necessário entender o que se quer antes de efetivamente distribuir as luminárias pelo espaço e, especialmente – especificar as lâmpadas, pois esta seleção está diretamente ligada ao efeito desejado.


Como dica, sugiro sempre ter imagens de referência, uma planta esquemática apontando os pontos que você deseja destacar, os locais que precisarão de uma luz propícia ao trabalho (como os caixas por exemplo) e assim por diante.


Um bom exercício é associar estes pontos com as sensações que você quer criar no cliente. Um ponto focal geralmente deve despertar atenção e desejo, um provador, relaxamento e conforto.


Mas entenda isso: não há certo nem errado e não há fórmula mágica que possa ser aplicada a todos os tipos de projeto. O seu conceito luminotécnico depende do nicho de atuação da loja, do consumidor, do local onde ela está inserida, etc.


Agora com o conceito pronto, vamos passar à especificação das lâmpadas.


Conhecendo as lâmpadas


1. Fita de led


A fita de led, obviamente, não é propriamente uma lâmpada, mas não podia faltar na nossa lista. Muito utilizada em sancas e mobiliário para dar leveza ao forro ou ao equipamento. Não serve para compor a iluminação geral do ambiente pois tem potência muito baixa.


Existem 2 tipos: a fita tradicional (de baixa tensão) e a fita de corrente (ou tensão).



fita tradicional fita de corrente ou tensão


A grande diferença é que a segunda é mais apropriada para grandes dimensões, pois vem em rolos maiores e não só pode ser cortada a cada 50cm. Ela vem protegida com uma capa de silicone (mas não é a mangueira, ok?) o que a torna mais resistente.


Ambas são encontradas em várias temperaturas de cor.


2. Tuboled


A substituta da lâmpada fluorescente tubular, é usada principalmente em áreas administrativas, estoque e em áreas de vendas onde se deseja uma iluminação homogênea.

Note como esta loja tem uma iluminação homogênea, sem pontos de destaque


Pode-se comprar apenas a lâmpada no caso de substituição, mas é preferível utilizar a lâmpada-luminária – os dois formam uma peça única (veja foto para melhor compreensão) - pois é mais eficiente.




Conjunto completo de tuboled -

a fita é incorporada no perfil da luminária

(foto do catálogo da Lemca)



Corte de um tuboled - a emissão de luz não é 360º

como a fluorescente


O principal ponto negativo é a péssima reprodução da cor vermelha (mesmo para lâmpadas com IRC > 80), o que a torna bem pouco recomendável para lojas de moda, casa etc, que tenham produtos em tons quentes ou que procurem um clima de aconchego.


São vendidas em 2 medidas: aprox. 60 e 120cm, sendo que a potência depende do fabricante e, geralmente, com 3000, 4000 e 6500K.


Se você ainda tem dúvidas sobre temperatura de cor da luz, assista a este vídeo em que eu falo mais sobre isso. 👇



3. PAR20 e 30 (led)




A Par 20 oferece ângulos de 25º e 40º enquanto a Par30 apenas de 40º. O foco aberto aliado ao fato de não apresentarem uma divisão muito clara entre o beam e o field (ou foco e campo), as tornam ótimas opções para uma iluminação geral, seja de parede, solo ou vitrine, criando uma luz mais interessante do que a iluminação homogênea por explorar o contraste entre luz e sombras.


Também são muito usadas para complementar a iluminação homogênea, criando focos em pontos específicos, especialmente em lojas de grande formato, onde o custo com lâmpadas e luminárias é bastante representativo na montagem do ponto de venda.









As duas lâmpadas são fabricadas com 3000K e a diferença é apenas a potência, sendo a 20 usada em pés direitos mais baixos e a 30 em lugares mais altos.

Já esta loja mescla iluminação homogênea com luz focada (spots no centro e paredes)


4. AR70/111 (led)


A lâmpada AR é uma excelente opção para compor luz de destaque, pois tem o foco bem definido (é aquela que faz a bolinha de luz na parede), sendo por isso utilizada em vitrines, pontos focais, sobre manequins etc.


Mais uma vez a grande diferença entre a 70 e a 111 é a potência, porém apenas a AR111 possui foco fechado de 12º, além do foco de 24º comum aos 2 tipos, fazendo com que os profissionais que buscam alta definição de foco prefiram-na em detrimento de AR70.


Ambas possuem temperatura de cor de 2.700K.









5. CDM Par30L



A CDMR halógena nasceu como alternativa de um fabricante à família PAR e foi a primeira lâmpada que realmente nasceu para ser usada no varejo, aliando maior definição de foco, intensidade e reprodução de cor.


A CDM Par30L é sua versão em led. Possui versão de 3.000 e 4.000K, ambas com 15º ou 30º, sendo a primeira utilizada em pontos com grande destaque e a segunda para uma iluminação mais geral, assim como a PAR, porém com uma eficiência bastante superior, como você vê na tabela mais abaixo.


Das lâmpadas vendidas em separado de luminárias, é com certeza a mais utilizada no Retail Design.









Compare pontos como potência, fluxo luminoso, foco e temperatura de cor. Estas são as informações mais importantes para um projeto luminotécnico comercial.


Conjuntos completos: a solução mais atual


Assim como no caso das lâmpadas-luminárias de tuboled, já encontramos no mercado muitas luminárias produzidas conjuntamente com as lâmpadas de led focadas, com desempenho similar aos das lâmpadas apresentadas até agora.


No caso de especificação destas luminárias, não existe a opção de escolher a lâmpada e o modelo de luminárias separadamente, apenas o grau de abertura do foco, a temperatura de cor e o modelo (embutir, sobrepor ou para trilhos).


Em alguns casos, a lâmpada já é especificada pelo fabricante como sendo similar à PAR ou AR, em razão do efeito marcado ou dissolvido do foco. (foto catálogo Lemca)


Resumo:

- A luz tem o poder de transformar (para melhor ou para pior) todo o projeto de uma loja.

- Você pode contar com profissionais e revendedores especializados em iluminação para desenvolver o projeto luminotécnico, mas deve ter certeza de ditar ou entender o conceito.

- Comece o projeto separando as áreas pelo tipo de sensação que você quer criar. A partir disso, eleja o tipo de iluminação e os pontos de destaque.

- As lâmpadas mais usadas são as fitas de led, tuboleds, PAR 20 e 30, AR70 e 111 e CDM Par30L.

- Outra opção é especificar os conjuntos completos, onde lâmpada e luminárias são uma única peça.


Chega de dúvidas sobre quais lâmpadas usar em lojas! Aqui você descobriu as informações mais importantes para especificar sem medo de errar na luminosidade e no efeito.


E se ainda ficou alguma, comente para podermos te ajudar.

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Vejo você do outro lado!


Abraços e até a próxima.

Daila Lopes

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